20 de maio de 2011


Existem duas bandas que definitivamente influenciaram uma geração inteira posteriormente. Na verdade três se a conta for feita de maneira correta.  
Mutantes, Beatles e Pink Floyd.
Obviamente existem nomes muito mais obscuros dentro do quesito psicodelia assombrada, Bandas como por exemplo 13 Floor Elevator, Jefferson Airplane, os sensacionais Vanilla Fudge e uma extensa lista onde os sons permanecem liquefazendo pedaços learyanos de notas ácidas.

Em 2011, existe uma linha dentro do chamado rock alternativo que prospera por entre essas influências. Uma mistura de sons que tem uma espécie de semelhança mórbida com a cultura eletrônica do sampler. Bandas que usam pedaços de lisergia de outrora, revestidos em papel moderno. Obviamente poderemos aqui discorrer sobre o quanto tudo está perdido na questão originalidade, mas essa ranzinice de sexta pode esconder um ódio submisso do pensar, maltratando assim a verdadeira intenção dessas sonoridades.

Uma volta ao passado não muito distante, em suas veias notas de saudades. Sentimento que aflora com muita facilidade dentro desses novos tempos. Esperamos sempre poder voltar ao uterino local, onde o rock era muito melhor do que a espera pelo novo disco dos Strokes. Viver onde literalmente o cenário depende de regurgitações, é algo que não tem sossego de alma.

Mas sempre que possível é bom ouvir algumas dessas claves, quase tão boas quanto aquelas em sépia semi morta pelo tempo.

É o que nos leva na viagem de uma banda como a BROWN RECLUSE. Um literal combo que além da formação usual com Timothy Meskers, Mark Saddlemire, Herbert Shellenberger, Daniel Steinberg e Patrick Todd, ainda conta com a participação de: Kim Ahn, Holly Bolger, Shawn Harrington, Gabe Stuart e Jesse Todd, fazendo harmonizações vocais e efeitos sonoros.
Nascidos por entre os corredores de boxe da Filadélfia, essa agremiação de músicos e amigos estão na estrada desde 2006. Nasceram Brown Recluse Sings, mas a preferência pelo nome de uma aranha americana (sem trocadilhos), fez com que o nome fosse encurtado.

Os Eps gravados (Black Sunday, The Soft Skin, Selected Hymns) assim como os dois discos (Evening Tapestry e o mais recente Panoptic Mirror Maze), mostram exatamente o que a introdução do texto prega.

Uma volta ao passado repletos de estranhas notas em cores fortes e cada vez mais giratórias. Sem esquecerem as nuances mais suavizadas, formadas pelas cadeias de genes que explodem como aquela bicicleta ácida. A audição de Panoptic, revela uma grandeza de alma e capacidade de dividir bem os momentos onde sua mente tem que embarcar na viagem ou precisa de descanso. Sem super saltos por entre as notas, a banda revela uma bela peça dentro do cancioneiro psicodélico. Abusando da influência de Tom Zé e os Mutantes.

Ouça o mais novo baseado chanfrado em LSD da banda, que está para download gratuito....