20 de julho de 2011


Imagine sua imagem residual na matrix formando uma banda. Agora pense que esse quinteto formado por almas cambaleantes na binariedade somaram-se em janeiro de 2011. Pense também que nesses sete meses de vida, sua banda já gravou um dos melhores lançamentos do ano. Isso tudo, levando em consideração que seus sites ficaram prontos apenas há três meses atrás.

Essa é a história de talvez uma das melhores revelações de 2011. A banda de Oakland WHIRL. Em tempos onde existem mais projetos solos e duplas no cenário, um quinteto com tamanha voracidade por acordes em navalha, é algo que embebeda os ossículos auditivos. Muito menos pela quantidade de pessoas dentro da banda (Loren Rivera, Nick Bassett, Eddie Salgado, Joseph Bautista e Byanca Munoz), mas pela velocidade e ligações existentes no disco de estréia, Distressor.



Na qualidade de um quase EP, o início etéreo de Preface e suas falas ("Maybe, I think, we should be grateful/ grateful that we've managed to survive through all of our ventures/ whether they were real or only a dream"), apenas coloca em uma linha sua alma. Por sete canções tão precisas quanto um corte cirúrgico à laser, elas vão se amalgamando em cada pausa inexistente. Interligadas por teclados, samplers e riffs, as canções possuem uma qualidade inebriante ímpar. Não é o novo shoegaze, mas sim um equação bem equilibrada de ritmo, melodia e acordes com uma veia que não mais pulsa, lateja em lava quente.

Se existe uma imagem para a expressão estreiar com o pé direito, a Whirl levou isso ao rodapé da letra. Com uma capacidade em criar canções que pregam no fundo de sua retina e outras que queimam seus ventrículos. Pairando pelo metódico lúdico em Leave, outras vezes em teor febril como na canção Blue. Oscilando entre o hit estranho com Meaningless ou Child e a poesia de Sandy.
Ouça abaixo a sensacional estréia, Distressor.