30 de julho de 2012

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Mórbida semelhança


 O Imaginário Mundo do Dr. Parnassus, filme dirigido por Terry Gilliam de 2009, teve uma produção no mínimo complicada. Durante pelo menos três anos ocorreram a pré produção, filmagens e edição. O que pode ser apenas uma fafarronice cinematográfica, pode também conter a gênese do aque foi uma das mais aterradoras e magistrais atuações dentro do cinema.

Heath Ledger e seu Coringa estarão sempre dentro de qualquer lista das melhores atuações de todos os tempos e por causa dela a franquia do herói tornou-se lendária. Porém a maneira como o ator criou o psicopata mais assombroso dos últimos tempos não foge ao quesito. Ledger isolou-se durante um mês, em sua companhia apenas as edições de A Piada Mortal e Morte em Família, as duas HQ que colocavam o morcego em posições nada confortáveis e seu inimigo, quase como um anti herói.

Alan Moore criou toda a base pscológica aterrorizante do Coringa, mostrando-o como um sádico sem freios que desmascarava Batman e o colocava no mesmo nível de psicose dele. O final da história criada por Moore é tão feliz quanto aterrorizante. Em Piada Mortal, Jason Tood, o Robin, foi morto por uma escolha feita pelos fãs, porém o Coringa era tão mostruoso que foi capaz de além de matar o parceiro, colocar a própria mãe de Tood na trapaça.

Porém o que fará seus nervos entrarem em colapso, é que existe uma mórbida semelhança entre o filme de Gilliam, o papel de Heath e...

Tom Waits.

Os dois trabalharam juntos na película, Waits no papel do tinhoso e Ledger como escroque que queria todo o dinheiro do bom doutor (Christopher Plummer). Pelo tempo de produção longo, é plausível que os dois trocaram figurinhas e que o ator pegou alguns trejeitos do cantor quando compôs o Coringa. A semelhança entre os dois é tenebrosa. Compare essa entrevista de Tom Waits para a tv australliana em 1979 e duas cenas clássicas do vilão em O Cavaleiro das Trevas:

 A entrevista começa aos 1:30.