Lembrança única uma, o cinza domingo pela manhã
Um grito insiste, cinza ódio há amalgamando paredes
Um grito cinza, única lembrança daquela manhã
Ne m esmo folhas presenciaram certo nascer morto
Um cego fígado ensopado em sangue - pós soco perpétuo
Um afogamento faríngeo que ne m esmo cambaleia
De primos números, movimentos do corpo
Desatam pulmões - urram não saída, adentram o metal;
Desata pele aos pedaços pela garganta -!
Emperram-se códigos
A resistir permanecer n a'al ma
Ao lado duma envelhe ci da caldeira
Aquecendo seus restos na alameda
Por entre a dor, sangue e solidão;
Só se nasce cinza assim:
- Sonda e fórceps, a cravar misóginos dentes
O vivo beco em fumaça
Alumiado pela meia
[I]Luz[ão]
cabaré - centro cirúrgico
Sempre presente sensação de funeral,
morta quando do inundar O Fogo
em calma
Fotograma do profundo desacelerar exato,
inspirar em lento gatilho o ar...
- A trinar explosões!
Antes da tinta
extrair toda vida
por paletas cartesianas
Antes do primeiro direto de metal no rosto
toda vida a permanecer incerto
demônios a ninar teu sono
Envolvido pelo óleo, fuligem & vapores
[industriais
Bossa póshhippie destoa aos aristocratas interioranos
A liberdade do não
que não há
Leis a clamarem talvez
o desatino de não entender tudo isso
Corpo desatento
inacessível sem explicação
repleta em pelos, gozo e labia majora
Acordar na proibição do toque, desalento,
não desejo.
- Permanecer encolhido por dezenas de anos
ao nascimento involuntário
sem teu querer.