Silêncios navalhas
desconcertantes
Felicidade em coice no fundo da
nuca
A iminente sensação de morte
sem motivo aparente
O Violonista Anarquista & João Cabral de Mello Neto
no metrô
Plataforma de concreto
sobrados coloridos
Desgostos cartesianos coletados
em potes de moedas
A febre do nascer palavras
O pensamento que arranca da Insanidade
Braços a enlaçar o medo
humano
Todos pausados olhares
Corpos campos de Guerra
minados por explosivos
arados por trilhos de tanques
fatiados por lâminas no esôfago
Devora SE o calçamento contra uma Tempestade
a a VI zi NHA r SE
Inundação pelos poros difunde SE
Decisão necessária em dois quarteirões
O passo que some
em meio
ao mesmo ser
A mal ga ma r SE em viga
desaparecer
cerrar os olhos
esquecer SE
Curar o outro por impulso
peles & mãos encaracolados
selvageria em derme a conduzir eletricidade
Anarquia genética
Um verde instante em Lava
orbita a saltar desejos
Respiração involuntária ascendente
Estrelas esfareladas nas dentinas
Sentir SE livre enquanto SE esmaga o coração dentro do peito.