16 de junho de 2011

GD 97 A ÓPERA PARA TELEFONE.


Eu vou tentar simplificar, porque afinal de contas nem ao menos sei se entendi todas as nuances. E definitivamente existe a completa possiblidade de partes de seu encéfalo jamais retornarem ao mesmo lugar depois de ouvir e entender o que o gênio Wayne Coyne e a banda Flaming Lips produziram.

Tudo começou quando a banda iniciou uma série de gravações chamada Two Blobs. A sinfonia para telefones (como definiu Wayne), foi dividida em 12 pedaços. Cada um deles formado por diferentes instrumentos e sonoridades desiguais.
Esses pedaços desconexos iniciais foram dispostos da seguinte maneira (calma agora):

12 pedaços divididos em 4 seções compostas por 3 partes cada uma.
Isso tudo foi postado em forma de vídeo e audio com uma totalidade de 13 minutos e 50 segundos.
Mas isso é apenas a divisão e composição. Para que você aprecie de todas as maneiras possíveis essa sinfonia, é necessário uma pouco mais de esforço.
Por isso vamos por partes:


a) Você está vendo que existem quatro vídeos abaixo, eles são exatamente iguais.

b) Inicie a reprodução do primeiro.

c) Quando a marcador de tempo bater os 3:29, solte o segundo vídeo.

d) Quando o tempo do primeiro vídeo marcar 6:58, solte o terceiro.

e) Quando o primeiro vídeo chegar a marca de 10:23, solte o quarto.

Não precisa nem dizer que a sincronzação é tão perfeita, que imagem e som ficam lisergicamente espetaculares.
Mas não é apenas isso, durante a reprodução atenha-se ao fato de que as imagens passeiam por entre os vídeos, de maneira que as quatro janelas tornam-se uma tela única. Por vezes complementando, em outras criando uma sequência.
A loucura é tamanha, que até o silêncio é sincronizado e se você por acaso quiser manter a sinfonia em looping é só começar as marcações novamente, pois quando o primeiro vídeo termina, o último atinge a marca de três minutos e vinte e nove segundos.

Wayne Coyne também disse que a faixa pode ser auscultada em aparelhos diferentes, não apenas em vídeos. É preciso lembrar que a banda já fez algo parecido quando lançou o álbum quádruplo Zaireeka de 1997. Tocados ao mesmo tempo, os quatro discos tornavam-se algo diferente.  

Boa ópera lisergica para vocês.