27 de julho de 2011

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GD 103. O NÃO GRITAR....


Já não é tão presente assim a necessidade do alto e poderoso som de trombetas do inferno. Algo que seja dito por entre sussurros pode ir além das catacumbas de desilusão. Por mais necessidade que se tenha o grito, o mais afável restilo de uma simples nuance pode parecer cada vez mais bem vindo. Ainda mais nesse mundo onde as guerras parecem querer tomar conta cada vez mais da alma humana.
Porque como já escreveu um grande poeta, é preciso ensolarar-se. E tudo isso começa sempre pelos primeiros raios de sol.


Astro que brilha em terras de Israel. A mesma morada da explosão atômica chamada TV Buddha, também acolhe uma cantora que pode muito bem ser uma bela virada de tela em seus ossículos. 
ROSI GOLAN.
Nascida em terras prometidas, mas com andanças por quase toda a Europa e uma parada estratégica em outro lugar ensolarado, Los Angeles. Lá aprendeu violino e iniciou algumas gravações. Foi também por lá que começou a parceria com o cantor Jamie Hartman, que rendeu canção na trilha de seriados da barackolândia (Let Me Out, em Grey's Anatomy).

Suas canções podem parecer em primeira vista, sem nenhum diferencial em relação ao trabalho de outras cantoras que arrebaldam as circularidades binárias. Mas existe uma força em cada nota. Uma força bela que destoa da necessidade do grito rouco. Muitas vezes diminuir o tom de voz torna-se necessário. Para aplacar as agruras da alma, ou para perceber que a beleza do que se sente permanece inalterada, mesmo com tempestades dentro de cada ventrículo que sangra.

Logo abaixo você escuta duas canções. Flicker e depois Paper Tiger. Você pode baixar as duas no set abaixo.