24 de agosto de 2011

GD 107 A ORIGEM DA ORIGEM....

 

Se a palavra documentário sobre o grunge fosse proferida por alguém próximo de você, sua imaginação provavelmente estaria desenhando retratos de pessoas como Kurt Cobain, Mark Arm, Mark Lanegan e mais alguns outros. Tudo poderia ser definido pela expressão "mais um!!!".
Mesmo porque existe uma grande necessidade em transformar os anos 90 nos novos 70. Isso talvez explique a pasmaceira do quesito revolução dentro da música. Como não temos nada que seja uma explosão de catarse dentro das sonoridades, colocar os anos onde o próprio punk explodiu, como movimento de translação das almas de milhares é necessário.


Mas os produtores de The Hash After the Bash, parecem não procurar esse alvo. Na verdade o diretor Brian Michaels explica que a visão da película não tem relação com algum tipo de nostalgia. Tanto ele quanto os produtores Paul Michaels e Mike Thompson decidiram colocar um outro lado do rock de Seattle no mapa. Na verdade um lado de onde surgiu o que se conhece aos montes.

A história contada pelo filme gira ao redor de um dos pontos mais conhecidos dentro da cidade. Offramp Café, foi o clube onde bandas como Mookie Blaylock (hoje Pearl Jam) começaram.
Mas não apenas eles.
Carrie Akre, uma das melhores guitarristas e vocalistas de Seattle (tocou em bandas como Hammerbox, Goodness e The Rockfords) e a Ten Minute Warning (a banda seminal de Duff McKagan) e a também conhecida Mother Love Bone. Uma coleção que seminalmente espalhou o movimento, originando à explosão que seria vista depois.

Como se mostrasse o lado B do lado B, o documentário tem na figura de Carrie uma dos vértices. Na pré produção do filme, as entrevistas do diretor revelaram que a vocalista foi uma das maiores e mais importantes figuras da cena da cidade ao final dos 80. Tanto na relevância quanto talento.
E pensar que a Akre começou a entender o que deveria fazer da música quando ouviu o disco London Calling, da banda The Clash.


O que se pensarmos bem, tem um belo ar de yin yang musical. Afinal de contas, sem Ramones nada de London Calling e sem The Clash nada da semente do grunge. Tudo em casa. O documentário conta com as participações de Dave Krusen (um dos bateristas do Pearl Jam), Kim Virant, Chris Friel, Peter Klett e Duff McKagan.

O trailer acaba de sair.