Se você ainda não assistiu ao filme Eu Não Estou Lá, corra para a locadora mais próxima e alugue. Não apenas pela presença de Cate Blanchett em um de seus melhores papéis, mas porque mostra a vida de Bob Dylan sob um ponto de vista em cinefilia diferente. Vários atores encarnam fases assimétricas da alma e vida do cantor lenda.
Uma delas mostra talvez a maior influência de Dylan, assim como um de seus alter egos iniciais, na pele do ator mirim Marcus Carl Franklin. O menino Woody Guthrie, canta as mazelas sofridas do povo e faz pano de fundo para a mudança de direção musical na vida da lenda Dylan.
Logo nas primeiras cenas, o violão com as incrições "this machine kill facists" revela não apenas uma posição, mas a citação da influência. O verdadeiro Woody foi seminal cantor folk americano e é importante para onze em dez músicos atuais.
Prova viva disso, é o projeto envolvendo a banda WILCO e BILLY BRAGG para marcar as comemorações do centésimo aniversário de Guthrie. A dupla em alquimia lançou em 1998 o disco Mermaid Avenue, uma compilação de gravações perdidas e inéditas do cantor folk centenário. A gravadora Nonesuch Records anuncia essa semana o relançamento dessa homenagem.
Originalmente lançado em dois discos (1998 e 2000), a reedição contará com as duas bolachas, mais um disco com versões inéditas e que não estavam na versão original. Além disso mais uma surpresa, o documentário Man in the Sand (1999), contando o making-of de Mermaid Avenue.
Além do relançamento, as comemorações ainda contarão com:
New Multitudes, mais um disco tributo com versões não gravadas de Woody. Com a visão dos músicos Jim James (Uncle Tupelo) e Jay Farrar (My Morning Jacket).
Note of Hope, tributo com a participação de Lou Reed, Pete Seeger, Tom Morello e Jackson Browne.
Já está no ar o site http://www.woody100.com/index.htm com todos os detalhes das comemorações e lançamentos.