21 de janeiro de 2013

deus não chupa, não cospe nem engole...




deus não existe,

Desistam não vão me convencer. Lendas e avatares bizarros dentro de um livro morto. Alegorias sobre um hippie pobre de sandálias.

"Se sabeis que ele é justo, sabeis que todo aquele que pratica a justiça, é nascido dele"*.  Para descrever como o anticristo realmente seria.  Então fica mais próximo ao paradoxismo, os crentes que passeiam suas carteiras pela órbita celeste do homem que usa a alegoria dos peixes, pães e vinhos. A história é uma repetição em onda sonora que não é mais hipnótica. Espera-se apenas o desfecho conhecido de uma mesma algoz palavra, a encerra uma fábula raiz. Um mote intenso, onde erguem-se extensões de crença que mais parecem rituais pré suicídio.

Em um mundo onde não existem peixes e pães para serem usados como barganha, dinheiro é o mínimo que eles poderiam doar em sua totalidade. Existem amostras de que a religião sempre foi usada como manobra de massa ou extermínio da mesma. O heterogêneo deus que não aceita outras etnias, gêneros, bruxas supostas e o que mais for. Nem a retórica de novos tempos requerem outros sacrifícios é plausível dentro do contexto que atravessou séculos sobre a fé. Mesmo com o argumento possível que realmente de bom tom seguir um exemplo seria, sacrificar-se muito mais é necessário - até pelas demandas dos novos tempos.

Se o uso da palavra é uma arma muito relacionada com o tempo onde está instalada, espera-se então que os ditos profetas ou pastores pelo menos tenham os requisitos mínimos. Edir Macedo, Valdemiro Santiago, Silas Malafaia, Estevam Hernandes Filho e R.R. Soares seriam sumariamente reprovados por seu currículo extremamente mal qualificado para o cargo. Em uma instituição onde hierarquia é tudo (tanto a católica quanto a evangélica, tudo sempre foi muito temeroso e nas sombras.

Chutes e papelotes de dinheiro.
Um plano tão mirabolante quanto o ensino do perdão.
Eles contam com isso.

A salvação do planeta sempre passou longe da religião, que anda mais aos beijos com dinheiro, mesas e conchavos. Acreditar que o verbo possa parecer algo mais concreto, não é uma tarefa possível. Nos querem fazer acreditar que o ar não reverbera atos ou a falta deles, mas não existe nada inodoro. Imposições e mais imposições, conceitos e mais conceitos racistas dentro de fortunas erguidas através dessa transloucada química cerebral tomada por codeínas felizes, que é a fé mercadológica. Ou assassina, dependendo do período histórico. Como esperam os senhores dos altares que existam crentes fervorosos, quando nem ao menos é possível fazer com que um deles possa passar pelo tal buraco da agulha.

As religiões são cavalarias das maiores desgraças e desalentos do caminhar que a humanidade conhece. mata-se por ela, rouba-se por ela, odeia-se por ela. O famosos amor divino é tão pictográfico quanto uma lata de sopa Campbell. Deveria ser usado como estandarte, mas isso talvez poderia sujar o bom nome das fantasias. Enquanto o ser humano for quimicamente levado pelo fervoroso jogo de imagens temerosas provido pela religião, dificilmente [e talvez nunca consiga], tornar-se um ponto de evolução.

Preciso seria que o homem entendesse de uma vez por todas que a doação não são dízimos, mas sim cortar um pedaço de sua alma - aquele possuidor dos maiores tantos de sangue - e doar ao seu próximo mais necessitado. Não porque acredita em uma alegoria mal contada para deixar o povo passivo e com medo da ira de deus, mas sim porque a lei da física sempre será a mais sábia. Corre-se tanto atrás de milagres, que se esquece o maior milagre - a capacidade em mudar a existência do próximo através de algo bom. É mudar sua rua, seu bairro, sua casa. É amar sem adjetivos ou substantivos. Amar jamais será adorar um altar ou uma imagem, amar é algo intrínseco, seco, doloroso e ao mesmo tempo torna todas as células de seu corpo completas.

Esse amor pregado pela religião é tão incompleto e cheio de repressão que é como um fellaccio sem saliva. Mas esse deus não chupa, não engole, nem cospe. Esse pregado deus sofredor é apenas uma alegoria mórbida sobre o medo. Um estupro cultural criado apenas para manter seu tronco encefálico na linha. os pastores são pessoas perigosas, pois pregam. Como diria o velho Buck, cuidado com os que sabem demais e eles sabem demais como ganhar dinheiro.

Porém Bukowski também diz para tomar cuidado com os que são contra e não acreditam.

http://www.forbes.com/sites/andersonantunes/2013/01/17/the-richest-pastors-in-brazil/