27 de setembro de 2013

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Dor coronariana...

Então a morte, sentida
como batuque oco
do peito,
afronta tergiversando
restos incólumes
de podridão,

[ como uma porta se fecha
    correndo no rosto
     resto de lágrima
       no trilho escorre]


Assim, ofendida a morte
com tamanha salinidade
na face,
mecanizar resolve
os mortais pedaços
do corpo,

[ como intacta resposta
    a dor resolve nascer
       intercostal coronária
        corajosa em ser maior]

Torna então a morte não rograda
a amalgar os restos de pranto
metalizando os trens,
muta tristeza em poente
muda eficiente diante
o desgosto,

[ dor formatada em moedas
     de um deus inexistente
        morador da almática casa
          com donos de corações queimados]

em empate o embate conhece a morte
dois volumes áridos
no peito,
dissolvem por entre os passos
em tuneis escuros
em tiros de sorriso,

[ morte e dor a morrer
     enquanto a alma tarda
       em sucumbir
         ao pavor do viver com um nó no peito]