Então a morte, sentida
como batuque oco
do peito,
afronta tergiversando
restos incólumes
de podridão,
[ como uma porta se fecha
correndo no rosto
resto de lágrima
no trilho escorre]
Assim, ofendida a morte
com tamanha salinidade
na face,
mecanizar resolve
os mortais pedaços
do corpo,
[ como intacta resposta
a dor resolve nascer
intercostal coronária
corajosa em ser maior]
Torna então a morte não rograda
a amalgar os restos de pranto
metalizando os trens,
muta tristeza em poente
muda eficiente diante
o desgosto,
[ dor formatada em moedas
de um deus inexistente
morador da almática casa
com donos de corações queimados]
em empate o embate conhece a morte
dois volumes áridos
no peito,
dissolvem por entre os passos
em tuneis escuros
em tiros de sorriso,
[ morte e dor a morrer
enquanto a alma tarda
em sucumbir
ao pavor do viver com um nó no peito]