5 de fevereiro de 2014

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Rosa Nuvem

Antiga senhora
amassando a chuva
em massa,
rosa nuvem.

Máquina de macarrão
destruindo a ordem
da massa,
listradas tiras de tigres.

A morte em mim
sempre presente foi
coruja de cogumelo,
abajur em luz.

Antiga senhora
recortando bordas
em casas,
botão, linha recorda.

Meias luas mortas
cor de rãs
sem casa,
alojadas no ante pé.

Assim então seguiu
a vida, sem saber
do amor,

antiga senhora. Puro
como ele a ensinar ela
andar de bicicleta.