6 de setembro de 2016

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ruiu…

ruiu como construção simétrica grega
aos prazeres do tempo, ruiu. como sexo
pós alucinógeno disléxico d’um ácido dividido, ruiu.
como abdômen trincado por entre o álcool & cocaína
ex travesseiro de uma cheia glande de ódio, ruiu.

armadilha de uma demanda… tudo em tão surpreso
socos no rosto d’esquina… tudo sempre aos esbarrões epilépticos…
e sempre um pedaço d’mente fica para trás…
ao mesmo tempo onde a lembrança crava os dentes…

e há um plano nesse espaço… e não é meu
e há sangue nessa ferida… e não é meu
enquanto o sol aparteia o lado mais raso da lua pela manhã
que não é de ninguém…

assim sem mais durante o escorrer do dia
por entre os resquícios a sobrar do dissabor
explode a pele que se permite ver

[o arcabouço de mais um desvio
a desumanidade de mais íntima parte
são simples escapes de sanidade]

despedaçados hermeticamente naquilo que sobra
sem sentido do infinito moer d’alma