16 de fevereiro de 2017

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soneto para Tom Waits

Seguem as vidas cálidas,
mirantes de sonhos… Atormentados;
Em seus ombros desejos aglomerados,
suas finitas esperanças pálidas.

Nega se a desfiguração da máscara,
a Morte da célula antirrábica;
Em seus sonetos de métricas rasas,
suas idílicas notas… Apenas farsas.

Sendo a realidade feita de calçadas,
manto d’almas em pavimentos sólidos;
Em seus motores braços áridos,
suas alienações têm tácitas lágrimas.

No cinismo d’alma urra se reconstrução,
além da miséria que nos Soma.
A conceber que nos resta apenas O Nada…
                                                  [ no passar dos dias.


Hey Huxley! Misery is the river of the world