5 de julho de 2013

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Asfalto

O frio a dissolver alabastros
o concreto a exalar flores
dissolvem [se] os açoites
eclodem [se] os amores,

o ódio na fumaça implica
o soar na garoa arde
consomem [se] pneumáticas árias
multiplicam [se] tardios entraves.

Enquanto o céu escuro e cinza
em quânticas cores, batismo.
Porém improváveis precipícios
em lava, avançam pela aura rasa

Encanto sombrio do que resta,
em paletas asfálticas, a redenção.
Além do morrer antecede a espera
o freio frio da alma movido à mão...