9 de junho de 2013

, ,

Ode ao cerebelo

Colidir a chuva pela frente,
é sentir o cheiro do esgoto
a galopar em poças. No poço
residir, pulsando horas de gente.

Saber sem esperar, alivia?
Uma vivalma em eterno pulso.
Avante hey-lá-ohhhh gene intruso,
corrói o resto de fisiologia pífia.

Salva pois essa ínfima
substância cinza pedindo abrigo,
abençoa essa morte. Respiro
enfim atordoa a última

lástima poluída. Ferida ungida,
aberta pelo descontrole inerente!
Arrebata esta linha doente,
cura a melhor parte da vida!